
Uma Autêntica Celebração Em Família
Pela sétima vez na capital portuguesa, e pela primeira na maior sala de espectáculos do país, a banda irlandesa não defraudou as expectativas.
No âmbito da digressão “Satellites World Tour”, que ineditamente começou em Portugal – mais concretamente na Feira de São Mateus, Viseu – os The Script fizeram do seu 13º concerto em Portugal uma autêntica celebração em família.
Foi o escocês Tom Walker que assegurou a primeira parte do show de The Script na MEO Arena e que preparou o público para o evento principal com grande competência. Tom Walker, conhecido por hits como “Leave a Light On” e “Just You and I”, trouxe uma performance carismática e cheia de emoção, conectando-se facilmente com a audiência.
Sua voz potente e cheia de soul foi um destaque, especialmente em canções mais emotivas, onde conseguiu transmitir uma profundidade genuína.
No geral, Tom Walker cumpriu brilhantemente o papel de aquecer o público para The Script, deixando uma impressão positiva e mostrando por que é um dos nomes mais promissores da música atual. Sua performance foi um equilíbrio perfeito entre emoção e energia, garantindo que todos estivessem prontos para a continuação da noite.













Num Pavilhão Atlântico bem composto, Glen Power foi o primeiro a subir a palco e a certificar-se que os presentes estavam acordados através de um solo de bateria precedente a “You Won’t Feel a Thing” numa bateria metalizada-transparente bem ao centro do palco. Enquanto a bateria era desmontada-retirada do palco, Danny O’Donoghue começou a cantar rompendo no meio da multidão que ansiosamente o esperava.
De seguida as qualidades vocais dessa mesma multidão foram testadas através de ‘Superheroes’ e ‘Rain’. Do mais recente trabalho de originais de The Script houve oportunidade de ouvir ‘Both Ways’, (talvez) o tema mais orelhudo-vivo de todo o espectáculo.
Foi com uma nova indumentária que Danny O’Donoghue tocou o coração dos presentes cantando ‘The Man Who Can’t Be Moved’, fazendo uma pausa no fim a la Taylor Swift para receber a respectiva ovação. Num alinhamento cuja espinha-dorsal se mantém mais ou menos igual – por motivos óbvios – desde a (precoce) morte de Mark Sheehan, houve tempo e espaço para lembrar a memória do fundador da banda. ‘If You Could See Me Now’ teria sido o momento emocional da noite, não fosse Camila erguer um cartaz para Danny a dizer “O Mark estaria orgulhoso de ti”. Tal gesto carinho valeu a Camila, pela primeira vez num concerto da banda, a subida a palco em ‘Never Seen Anything “Quite Like You”’. Danny e Camila lado-a-lado no piano, com a jovem fã a ter a oportunidade de cantar o refrão e tocar algumas das notas do tema ao piano. Um momento demasiado arrepiante-único para alguém ter ficado indiferente.
Para romper com tal comoção, o vocalista da banda irlandesa voltou a ir cantar para o meio de um público bastante heterogéneo, dos 8 aos 80 anos, das mais variadas nacionalidades, em ‘Nothing’, num final de noite que se aproximava a passos largos. Foi também do segundo trabalho de originais – “Science & Faith” – que surgiu o último tema da noite, ‘For The First Time’, com o público de lanternas erguidas a cantar o refrão e Danny O’Donoghue a exibir o terceiro outfit da noite.
No que ao encore diz respeito, estava reservada uma autêntica viagem cronológica. Do mais recente trabalho de originais – “Satellites”, através de ‘Home Is Where The Hurt Is’ até aos primórdios com ‘Breakeven’. Para o fechar das hostilidades, o tema que levou The Script até ao especto mundial, ‘Hall Of Fame’. (PARÁGRAFO) Para a história fica não um bom concerto, não quatro trocas de vestuário por parte de Danny O’Donoghue, nem tão pouco uma banda bastante coesa em palco. Fica, sim, e acima de tudo, uma feliz celebração em família, como Danny O’Donoghue apelidou – e bem – os presentes.
























